sexta-feira, 12 de março de 2010

CARTA DE PRINCÍPIOS - MTG


A "Carta de Princípios" atualmente em vigor foi aprovada no VIII Congresso
Tradicionalista, levado a efeito no período de 20 a 23 de julho de 1961, no CTG "O Fogão Gaúcho" em Taquara, e f ixa os seguintes objetivos do Movimento Tradicionalista Gaúcho:
I - Auxiliar o Estado na solução dos seus problemas fundamentais e na conquista do bem coletivo.
II - Cultuar e difundir nossa História, nossa formação social, nosso folclore, enfim, nossa Tradição, como
substância basilar da nacionalidade.
III - Promover, no meio do nosso povo, uma retomada de consciência dos valores morais do gaúcho.
IV - Facilitar e cooperar com a evolução e o progresso, buscando a harmonia social, criando a
consciência do valor coletivo, combatendo o enfraquecimento da cultura comum e a desagregação que daí
resulta.
V - Criar barreiras aos fatores e idéias que nos vem pelos veículos normais de propaganda e que sejam
diametralmente opostos ou antagônicos aos costumes e pendores naturais do nosso povo.
VI - Preservar o nosso patrimônio sociológico representado, principalmente, pelo linguajar, vestimenta,
arte culinária, forma de lides e artes populares.
VII - Fazer de cada CTG um núcleo transmissor da herança social e através da prática e divulgação dos
hábitos locais, noção de valores, princípios morais, reações emocionais, etc.; criar em nossos grupos
sociais uma unidade psicológica, com modos de agir e pensar coletivamente, valorizando e ajustando o
homem ao meio, para a reação em conjunto frente aos problemas comuns.
VIII - Estimular e incentivar o processo aculturativo do elemento imigrante e seus descendentes.
IX - Lutar pelos direitos humanos de Liberdade, Igualdade e Humanidade.
X - Respeitar e fazer respeitar seus postulados iniciais, que têm como característica essencial a
absoluta independência de sectarismos político, religioso e racial.
XI - Acatar e respeitar as leis e poderes públicos legalmente constituídos, enquanto se mantiverem
dentro dos princípios do regime democrático vigente.
XII - Evitar todas as formas de vaidade e personalismo que buscam no Movimento Tradicionalista
veículo para projeção em proveito próprio.
XIII - Evitar toda e qualquer manifestação individual ou coletiva, movida por interesses subterrâneos de
natureza política, religiosa ou financeira.
XIV - Evitar atitudes pessoais ou coletivas que deslustrem e venham em detrimento dos princípios da
formação moral do gaúcho.
XV - Evitar que núcleos tradicionalistas adotem nomes de pessoas vivas.
XVI - Repudiar todas as manifestações e formas negativas de exploração direta ou indireta do
Movimento Tradicionalista.
XVII - Prestigiar e estimular quaisquer iniciativas que, sincera e honestamente, queiram perseguir
objetivos correlatos com os do tradicionalismo.
XVIII - Incentivar, em todas as formas de divulgação e propaganda, o uso sadio dos autênticos motivos
regionais.
XIX - Influir na literatura, artes clássicas e populares e outras formas de expressão espiritual de nossa
gente, no sentido de que se voltem para os temas nativistas.
XX - Zelar pela pureza e fidelidade dos nossos costumes autênticos, combatendo todas as
manifestações individuais ou coletivas, que artificializem ou descaracterizem as nossas coisas tradicionais.
XXI - Estimular e amparar as células que fazem parte de seu organismo social.
XXII - Procurar penetrar e atuar nas instituições públicas e privadas, principalmente nos colégios e no
seio do povo, buscando conquistar para o Movimento Tradicionalista Gaúcho a boa vontade e a participação
dos representantes de todas as classes e profissões dignas.
XXIII - Comemorar e respeitar as datas, efemérides e vultos nacionais e, particularmente o dia 20 de
setembro, como data máxima do Rio Grande do Sul.
XXIV - Lutar para que seja instituído, oficialmente, o Dia do Gaúcho, em paridade de condições com o
Dia do Colono e outros "Dias" respeitados publicamente.
XXV - Pugnar pela independência psicológica e ideológica do nosso povo.
XXVI - Revalidar e reafirmar os valores fundamentais da nossa formação, apontando às novas gerações
rumos definidos de cultura, civismo e nacionalidade.
XXVII - Procurar o despertamento da consciência para o espírito cívico de unidade e amor à Pátria.
XXVIII - Pugnar pela fraternidade e maior aproximação dos povos americanos.
XXIX - Buscar, finalmente, a conquista de um estágio de força social que lhe dê ressonância nos
Poderes Públicos e nas Classes Rio-grandenses para atuar real, poderosa e eficientemente, no
levantamento dos padrões de moral e de vida do nosso Estado, rumando, fortalecido, para o campo e
homem rural, suas raízes primordiais, cumprindo, assim, sua alta distinação histórica em nossa Pátria.

quarta-feira, 10 de março de 2010

LAÇADOR


A Estátua do Laçador (ou Monumento ao Laçador) é um monumento da cidade de Porto Alegre. É a representação do gaúcho tradicionalmente pilchado (em trajes típicos) e teve como modelo o tradicionalista Paixão Côrtes. Foi tombada como patrimônio histórico em 2001, e em 2007 ela foi transferida de seu local antigo, o Largo do Bombeiro, para o Sítio O Laçador, para permitir a construção do viaduto Leonel Brizola.

História

Em 1954, na Exposição do IV Centenário de fundação de São Paulo, no Parque Ibirapuera, foi elaborado um concurso público para a execução de uma escultura que identificasse o homem rio-grandense. A escultura ficaria exposta no espaço reservado ao Rio Grande do Sul, e o concurso foi disputado pelos artistas Vasco Prado, Fernando Corona e Antônio Caringi (natural da cidade de Pelotas). Este último foi o vencedor, com um modelo em gesso que deveria após o término do evento ser fundido em bronze e ofertado a São Paulo.

A cidade de Porto Alegre, capital rio-grandense, não possuía na época nenhum monumento ao gaúcho. Devido a isso, houve reivindicação popular para a compra da estátua, o que foi feito pela prefeitura do município e, em 20 de setembro de 1958, ela foi inaugurada, sendo instalada na entrada principal da cidade, junto ao Aeroporto Internacional Salgado Filho.

Num concurso público em 1991, a estátua de bronze de 4,45 metros de altura (6,55 metros com o pedestal) e 3,8 toneladas foi escolhida como símbolo da capital gaúcha, com a maioria dos votos populares.

Portava originalmente uma boleadeira, mas após depredação e reforma em 1993 passou a portar um chicote na mão.


Nova localização

Após 48 anos no Largo do Bombeiro, na Av. dos Estados, bairro São João, zona norte da cidade, no dia 11 de março de 2007, a estátua foi transferida para o Sítio O Laçador, em frente ao antigo terminal do Aeroporto Internacional Salgado Filho, na mesma avenida, mas a uma distância de 600 metros do seu antigo local. O motivo para a transferência do símbolo de Porto Alegre foi a construção do viaduto Leonel Brizola no local onde a estátua permanecia, já concluído. O homem que serviu de modelo do laçador, Paixão Côrtes, não pôde assistir à transposição da estátua no dia previsto para a mudança pois foi hospitalizado devido ao seu estado emocional.

O Sítio O Laçador tem seis espaços diferenciados, com as cores do estado do Rio Grande do Sul, em quatro mil metros quadrados de área. A estátua permanece num espaço mais elevado, denominado Coxilha do Laçador. Para a construção do Sítio O Laçador foram investidos um milhão de reais, com a intenção de valorizar o folclore e a tradição gaúcha, já que a estátua continua visível a todas as pessoas que chegam a Porto Alegre pela BR-116, ou que se deslocam do aeroporto para o centro da cidade.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Est%C3%A1tua_do_La%C3%A7ador

segunda-feira, 8 de março de 2010

HOMENAGEM ÀS MULHERES

O CTG Sentinelas do Pago, não poderia passar em branco neste dia. O Dia Internacional da Mulher!

GUERREIRAS DA PAZ
(
Juliano Javoski E Dirceu Abrianos)
Dos campos largos eu trouxe nada,
Faltou-me tempo pra cuidar de mim,
Nas sesmarias lutas pela terra,
Que estremecia ao som de cascos e clarins.

Nestes tempos que homens valentes,
Deixaram o campo pra cuidar do pago,
Fiquem nos ranchos embalando os filhos,
Plantando lavouras no braço do arado.

(Refrão)
Foram anos de muitas peleias,
Que tingiram meu chão maragato,
Os gaúchos em lutas de posses,
E as mulheres no anonimato.

Campesinas, gaúchas, guerreiras,
Sustentaram Rio Grande solitas,
Desdobrando-se em lides campeiras,
Foram Anas, Marias e Anitas.

Atravessei o tempo o vento a vida,
Curei feridas, enxuguei meu pranto,
E pisei distâncias nos campos da alma,
E o que me acalma é não calar meu canto.

(Refrão)
Foram Anas, Marias e Anitas. (3x)

Nossa pequena homenagem a todas as mulheres, que já nascem guerreiras, que são filhas, irmãs, mães, chefes de família. Em especial à nossa Anita do CTG Sentinelas do Pago: Tia Marica. Uma mulher muito especial, com uma história de vida de muita luta, mas sem desistir nunca!
Nossa grande abraço à todas as mulheres das nossas vidas!!!