sábado, 8 de setembro de 2012

Nasce a Chama Crioula



Paixão Côrtes relata:
     “Era quase meia-noite do dia sete de setembro de 1947. Na Avenida João pessoa, festivamente  iluminada, ardia a pira. Uma multidão ansiosa esperava os atos de encerramento de mais uma semana da Pátria.
       Eu, Cyro Ferreira e Fernando vieira estes embandeirados pelos símbolos do Rio Grande do Sul e do colégio Julio de Castilhos, aguardávamos  montados em nossos “ pingos” as ordens da Comissão Central, que dirigia a solenidade de apagamento do fogo simbólico.
       Pouco antes de o fogo da Pátria ser extinto, veio o comunicado para assomar à pira, subindo uma frágil escada de madeira.
       Minha ascensão ao topo de pira se fez com alguma dificuldade, já que botas, esporas, mango, boleadeiras, chiripá e mais o improvisado archote (feito de estopa embebida em querosene e preso à ponto de um cabo de vassoura) atrapalhavam, de certo modo, minha locomoção na íngreme escada com cerca de 6 metros altura. Mas persisti e alcancei o pedestal  superior do monumento. E, diante de mim, chama da Pátria. Num gesto solene meu, estava acesa a chama crioula!
       Transportamos-la, acompanhada de meus companheiros embandeirados, a galopito , até o salão do “Julinho”, onde foi acender o Candeeiro Crioulo, pioneiramente.
        Pela primeira vez na historia dos acontecimentos cívicos da semana da Pátria, isto acontecia no Rio Grande do Sul: brilhava a centelha que iria iluminar o Movimento Tradicionalista, que estava
nascendo e que hoje se espalha por todo o Brasil, pelo continente e pelo mundo.”

Nenhum comentário:

Postar um comentário